O papel branco convida-me
a um depósito eternamente frágil.
Pede-me com doçura e serenidade
que o faça existir,
implora vida, cor.
Ele quer ser paz,
quer ser guerra,
ser menino,
menina.
O papel na sua brancura
procura tinta.
Ele quer uma mão,
quer um lápis.
Ser uma canção
O papel novo deseja tornar-se velho
amarrotado,
amado ou odiado.
Não importa se depois será abandonado
atirado no chão, no lixo.
O que ele quer é existir
em palavras
em vida.
Autora: Jaqueline dos Santos Nascimento - 3º ano A
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Um comentário:
muito bom texto Jaqueline, me surpreendo muito com suas palavras... grande poeta!
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