segunda-feira, 8 de março de 2010

Sistema de cotas nas universidades federais - texto 2

O sistema de cotas foi uma providência adotada pelo governo para reservar vagas em universidades públicas para determinadas ordens sociais. Uma medida de exclusão ou inclusão?

A população pobre (em sua maioria negra) utiliza instituições públicas para a educação de seus filhos. Porém, o ensino de tais instituições não se equipara ao ensino de instituições particulares, e muitos desses estudantes têm que trabalhar para contribuir com o sustento da família, o que não lhes permite total dedicação aos estudos, dificultando assim a aprovação no vestibular. Por isso, o sistema de cotas tem se tornado eficiente, pois promove a inclusão de classes desfavorecidas nas universidades, para que possam enfrentar o mercado de trabalho e vencer o preconceito e a desigualdade.

Por outro lado, o sistema de cotas pode ser visto como algo que fere o princípio da igualdade (pelo qual “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”), pois promove a distinção entre brancos e negros (por exemplo), podendo causar um complexo de inferioridade, de incapacidade ou não merecimento da vaga. Ademais, ao invés das cotas, a melhoria no ensino público seria a melhor solução, pois causaria uma equivalência entre os saberes de todos os alunos que pretendem ingressar na universidade, sem nenhuma exclusão.

Se queremos igualdade, as cotas não são a melhor medida, pois distinguir é discriminar é desigualar. Para que não existam exclusões injustas, todos têm que estar diante das mesmas regras.

Autora: Fabiolla Rocha

Nenhum comentário: